terça-feira, 27 de agosto de 2013

Você sabe o que é Literatura Fantástica?




A expressão ‘fantástico’ provém do latim ‘phantasticus’, termo que, na verdade, procede do grego ‘phantastikós’; os dois vocábulos têm o sentido de ‘fantasia’. Pode-se então definir a literatura fantástica como a narrativa que é elaborada pelo imaginário, por uma dimensão supostamente inexistente na realidade convencional.

Isto porque a literatura, por mais que se tente alicerçá-la no mundo concreto, ela sempre alça vôo e se aproxima muito mais da imaginação e da ficção. O gênero fantástico está povoado de ingredientes improváveis, fantasiosos e atualmente desvinculados do cotidiano humano. Esta categoria narrativa está inevitavelmente associada aos acontecimentos maravilhosos, na opinião do escritor argentino Jorge Luis Borges.

Embora os mitos, histórias folclóricas e contos de fadas sejam os elementos básicos da literatura fantástica, muitos englobam nesta modalidade as narrativas góticas, os relatos de terror, a ficção científica e os enredos que contenham doses de fantasia. Ainda inclusos neste gênero estão os sub-gêneros denominados RPGs – Role-Playing Games, jogos que envolvem encenações, nas quais cada participante interpreta um determinado papel, tendo como cenários esferas ligadas ao mundo da imaginação.

A Literatura Fantástica revela-se no Classicismo, tanto nas expressões Líricas quanto nas criações Épicas. Durante a Idade Média as concepções cristãs e pagãs se defrontam também nas canções e na poesia dos trovadores. Nesta época surgem igualmente os ‘romances viejos’, os quais derivariam para a literatura cortês e as novelas de cavalaria.

Nestas obras medievais é possível encontrar sem maiores dificuldades os famosos ingredientes do fantástico – seres heróicos, bruxos, aparições, animais fabulosos, objetos ligados à magia, criaturas elementais, conectados aos quatro elementos: as ninfas, silfos, elfos, goblins, duendes, gnomos, os quais habitam o ar, a água, a terra ou o fogo.

A Literatura Fantástica estará na Feira do Livro com mesa redonda formada por Daniel Iturvides Dutra, Andre Zanki Cordenonsi, Suzy M. Hekamiah e Ju Lund. Conheça um pouco mais sobre os escritores.

Daniel Iturvides Dutra - é graduado em Letras/Licenciatura Plena em Língua Inglesa e Respectiva Literatura pela Universidade Católica de Pelotas. Possui Especialização em Literatura Comparada pela Universidade Federal de Pelotas e Mestrado em Literatura Comparada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Andre Zanki Cordenonsi - é formado em Ciência da Computação pela UFSM, mestre em Computação pela UFRGS e doutor em Informática na Educação, também pela UFRGS. É professor do Departamento de Documentação, do Centro de Ciências Sociais e Humanas, e atua nas áreas de Informática na Educação, Sistemas de Informação e Documentação e Inteligência Artificial.

Suzy M. Hekamiah - é escritora, roteirista além de graduanda de Tecnologias Digitais. Sua maior satisfação a criação de personagens começou muito antes de começar a escrever por causa de seus amigos imaginários. Com 10 anos escreveu seus primeiros roteiros para peças e poemas e contos em determinados trabalhos escolares. Por volta dos 13 anos, a jovem escapista percebeu que colocar suas emoções na Arte não seria apenas um hobby, mas adotaria como profissão.

Ju Lund - Amante das artes e gaúcha de Pelotas, Ju é Técnica em Turismo e Hotelaria. Graduanda em Artes Visuais Lic., desde jovem escreve poesias, poemas e, na adolescência, muitos textos autobiográficos. "Acredito no potencial de meus projetos literários e na Literatura Fantástica Nacional. Espero que vocês ainda leiam muito sobre mim e meu trabalho."


Inscrições abertas!

Informamos novamente: as inscrições para as apresentações das escolas de dança na 41ª Feira do Livro de Pelotas continuam abertas até 15/09/2013, domingo.



As inscrições podem ser feitas através do e-mail: contato@feiradolivrodepelotas.com.br
Não perca essa oportunidade!


Minha Terra


                           
                             "Lá, na minha terra, quando
                              O luar banha o potreiro,
                              Passa cantando o tropeiro,
                              Cantando, sempre cantando;
                              Depois, avista-se o bando
                              Do gado que muge, adiante;
                              E um cão ladra bem distante,
                              Lá, bem distante, na serra;
                              Nunca foste à minha terra?!

                              Enfrena, pois, teu cavalo,
                              Ferra a espora, alça o chicote
                              E caminha a trote, a trote,
                              Se não quiseres cansá-lo.
                              Ainda não canta o galo,
                              É tempo de viajares.
                              Deixarás estes lugares,
                              Iras vendo novas cenas
                              Sempre amenas, muito amenas.

                             O laranjal reverdece,
                             E ao disco argênteo da lua,
                             Logo os olhos te aparece
                            A estrela deserta e nua."

                                                        Lobo da Costa